Guimarães

Guimarães é uma cidade portuguesa situada no Distrito de Braga, no Norte do país e sub-região do Ave, na antiga província do Minho. Situa-se a 55km a norte do Porto.
Guimarães está limitado a norte pelo município de Póvoa de Lanhoso, a leste por Fafe, a sul por Felgueiras, Vizela e Santo Tirso, a oeste por Vila Nova de Famalicão e a noroeste por Braga.
É uma cidade histórica com um papel crucial na formação de Portugal, que conta já com mais de um milénio desde a sua formação, altura em que era designada como “Vimaranes”. Este topónimo terá tido origem em Vímara Peres, chefe militar da segunda metade do século IX, quando fez deste local o principal centro governativo do Condado Portucalense em nome de Afonso III das Astúrias, até à chegada do Conde D. Henrique. Foi aqui que faleceu.
Guimarães é uma das mais importantes cidades históricas do país, sendo o seu centro histórico considerado Património Cultural da Humanidade, tornando-a definitivamente um dos maiores centros turísticos da região e do país. As suas ruas e monumentos respiram história e encantam quem a visita. Foi, ainda, Capital Europeia da Cultura em 2012, o que levou o prestigiado New York Times a considera-la um dos 41 lugares a visitar nesse ano.
Guimarães é muitas vezes designada como "Cidade Berço", devido ao facto aí ter sido estabelecido o centro administrativo do Condado Portucalense por D. Henrique e pelo facto de o seu filho, D. Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal, ter provavelmente nascido nesta cidade. Também pela importância histórica que a Batalha de São Mamede, travada na periferia da cidade em 24 de Junho de 1128, teve para a formação da nacionalidade.

Lugares a visitar

Monte da Penha

O Monte da Penha é o ponto mais elevado de Guimarães e a partir do seu topo, onde está localizada uma estátua do Papa Pio IX, é possível alcançar vistas magníficas que podem estender-se até ao oceano.
O Monte da Penha possui vários equipamentos dos quais se podem salientar: um parque de campismo, um campo de mini-golfe, um mini-trem turístico, um centro equestre, áreas de passeio, piquenique, monumentos, grutas e miradouros.
Pode aceder ao Monte da Penha de carro que fica a 6 km do centro histórico, ou pode ir de teleférico que fica a 1,7 km do Largo das Hortas (5 minutos a pé do centro da cidade).
- Preço de ida/volta de teleférico: 4.40 €
- Horários: Aberto todos os dias das 10 h às 17.30 h (Novembro, Dezembro, Janeiro, Fevereiro e Março), das 10 h às 18.30 h (Abril, Maio e Outubro), das 10 h às 19 h (Junho, Julho e Setembro) e das 10 h às 20 h em Agosto.

Castelo de Guimarães

Em meados do século X, a Condessa Mumadona Dias mandou construir um Mosteiro. Com os constantes ataques por parte dos mouros, decidiu construir uma fortaleza para proteger os monges e a comunidade cristã que viviam em seu redor. Surge assim o primitivo Castelo de Guimarães.
No século XII, o Conde Dom Henrique e Dona Teresa vieram viver para o Castelo de Guimarães e provavelmente aí terá nascido Dom Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal. Perdida a sua função defensiva, o Castelo entra num processo de abandono e degradação progressiva até ao século XX, altura em que é declarado Monumento Nacional e são efetuadas obras de restauro.
- Entrada 2 € para aceder à Torre de Menagem.
- Horários: Aberto todos os dias das 9.30 h às 18 h. Encerra nos seguintes feriados: 1 de Janeiro, Domingo de Páscoa, 1º de Maio e 25 de Dezembro.

Capela de São Miguel do Castelo

De acordo com a lenda, aqui foi batizado o primeiro rei de Portugal, Dom Afonso Henriques, o que parece carecer de fundamento, dado o templo datar do século XIII. Ainda assim, guarda-se aqui a pretensa pia batismal que foi utilizada na cerimónia.
- Entrada gratuita.
- Horários: Aberto todos os dias das 9.30 h às 18 h Encerra nos seguintes feriados: 1 de Janeiro, Domingo de Páscoa, 1º de Maio e 25 de Dezembro.

Paço dos Duques de Bragança

Foi mandado construir no século XV por Dom Afonso, primeiro duque de Bragança. No século XIX foi convertido em quartel. Em meados do século XX, após um período de abandono, foi restaurado e posteriormente convertido em Museu, albergando um espólio do século XVII e XVIII.
O palácio desempenha também a nobre função de residência oficial do Presidente da República Portuguesa no segundo andar, aquando das suas deslocações ao Norte de Portugal.
- Entrada: 5 €
- Horários: Aberto todos os dias das 9.30 h às 18 h Encerra nos seguintes feriados: 1 de Janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de Maio e 25 de Dezembro.

Largo das Oliveiras

Igreja de Nossa Senhora da Oliveira e Padrão do Salado
Neste belíssimo largo encontrará a igreja de Nossa Senhora da Oliveira concluída em 1387. Além da Igreja, verá também o Padrão do Salado, monumento histórico e único no país pela sua forma e pela sua arquitetura. Segundo a tradição, relembra a vitória de Dom Afonso IV sobre os mouros, em 1340, na batalha do Salado.

Domus Municipalis

Destaca-se também o Domus Municipalis, um imponente monumento que foi paço do Concelho nos finais do século XIV, onde se realça o alpendre sustentado em cinco arcos góticos, as cinco janelas de sacada e uma estátua na fachada do edifício, que representa Guimarães.

Praça de Santiago

Nesta praça estava situada uma pequena capela do século XVII dedicada a Santiago que foi demolida em finais do século XIX. É ainda possível localizá-la na praça, uma vez que o desenho do pavimento com lajes de granito assinala a localização da antiga capela.
A praça de Santiago é hoje um local atrativo em qualquer momento do dia. Nela pode passear e desfrutar das várias esplanadas e dos estabelecimentos comerciais. À noite, é agradável devido à diversão proporcionada pelos estabelecimentos que fazem com que a praça seja um dos principais lugares de encontro e convívio entre os habitantes e visitantes.

Citânia de Briteiros

A Citânia de Briteiros é um conjunto impressionante de ruínas de um importante povoado que ali terá vivido há mais de 2000 anos, numa época conhecida pelos arqueólogos como Idade do Ferro. É um dos mais expressivos povoados proto-históricos da Península Ibérica, quer pela dimensão, quer pela monumentalidade das suas muralhas, urbanismo e arquitetura.
As numerosas construções, de vários tipos, dispostas um pouco livremente, mas obedecendo, contudo, a um ainda que incipiente esquema urbanístico, oferecem pistas impressionantes e muito objetivas para o conhecimento daquelas gentes tão remotas, empoleiradas no cimo dos montes e mesmo assim protegidas por várias cinturas de muralhas que ainda hoje se podem admirar.
- Entrada: 3 €
- Horários: Aberto todos os dias das 9 h às 18 h no verão e das 9 h às 17 h no inverno.

Casa de Sezim (Produtor de Vinhos)

A Casa de Sezim entrou para a família dos atuais proprietários em 1376, por doação, conforme pergaminho desse ano existente no arquivo da Casa. Maria Mendes Serrazinha fez a doação a Afonso Martins, descendente de D. João Freitas e companheiro do Rei de Portugal, D. Afonso Henriques em atenção – como pode ler-se nesse documento - "às boas obras que dele recebeu e espera receber e por crença que lhe fez".
A beleza da Casa, a harmonia das suas linhas, a monumentalidade da sua fachada e a coleção de papéis panorâmicos da primeira metade do século XIX que abriga nos seus salões, têm sido, nos últimos anos, motivo de curiosidade internacional.
Na Casa de Sezim pode visitar os vinhedos e a adega, onde se produz o famoso Vinho Verde. Os Vinhos Verdes da Casa de Sezim, eram também já muito apreciados na Idade Média e a eles se refere um documento de 1396.
É igualmente de destacar a sua localização no Minho, junto a Guimarães - a primeira capital de Portugal - numa região de grande beleza natural e de interesse histórico e artístico e não muito distante da cidade de Braga, do Porto e do Aeroporto Internacional Dr. Francisco Sá Carneiro, a que está diretamente ligada por autoestrada. Também não se encontra muito afastada do Parque Natural da Peneda-Gerês e das praias de Vila do Conde e da Póvoa de Varzim - esta servida por um moderno campo de golfe.
Aberta todo o ano aos turistas, a Casa oferece a escolha de oito quartos amplos e confortáveis, e faculta a utilização de dois salões, um dos quais destinado exclusivamente aos visitantes e o outro preparado para a realização de conferências, colóquios e exposições.
Os turistas poderão utilizar ainda a piscina, o campo de ténis bem como os montes ricos em vegetação que a circundam para neles fazerem os percursos pedonais existentes ou simplesmente relaxar e apreciar um copo de vinho engarrafado na quinta.

Gastronomia / Vinhos / Doçaria

Gastronomia

A arte de bem cozinhar e de bem comer está bem vincada em Guimarães. Para saborear a boa cozinha regional, os principais pratos revelam-se nas receitas tradicionais, como por exemplo: Cabrito assado, bacalhau assado, rojões à Moda do Minho, Arroz de Pica no chão, Vitela assada e sopa de nabos.

Vinhos

Para acompanhar, os vinhos verdes brancos e tintos, rosé e espumantes, que avivam todos os sabores da gastronomia.

DOP (Dominação de Origem Protegida) Vinho Verde, Sub-região do Ave

Castas - BRANCAS: Alvarinho, Arinto (Pedernã), Loureiro e Trajadura;
Castas - TINTAS: Amaral, Borraçal, Espadeiro, Padeiro e Vinhão
Características Organolépticas - Tintos: Possuem uma cor intensa e um aroma vinoso particular.  Brancos e Rosados: Possuem um aroma frutado e jovem, associado a uma frescura ímpar.

Doçaria

Dos doces tradicionais destacamos o Toucinho do Céu, Torta de Guimarães e douradinhas. Doces de origem conventual.